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Postagens indicam um número de telefone celular conectado a um aplicativo de mensagens onde ocorre a negociação entre o vendedor e o comprador (Foto: Reprodução/TV Mirante). |
Perfis falsos nas redes sociais estão sendo usados para
aplicar golpes na venda de veículos pela internet no estado do Maranhão,
segundo informações da polícia. Tudo começa com uma oferta tentadora em grupos
de compra e venda online. Depois de ganhar a confiança das vítimas, os
golpistas pedem pagamento adiantado e desaparecem com o dinheiro.
As postagens indicam um número de
telefone celular conectado a um aplicativo de mensagens onde ocorre a
negociação entre o vendedor e o comprador, mas o risco de cair num golpe é
grande. Uma pessoa do município de Timon, distante 450 km de São Luís, que não
quer ser identificada, por pouco não foi lesada no golpe.
Um suposto vendedor de um carro
popular na capital pede um adiantamento de 1.500 mil reais a título de reserva
de domínio. Uma espécie de garantia de que o carro não seria vendido para outra
pessoa.
Os golpistas chegaram a utilizar
ilegalmente o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de uma revenda de
veículos usados em Balsas, a 810 km de São Luís, para tentar convencer a vítima
de que o carro realmente estava à venda. No entanto, a pessoa desconfiou,
procurou a revenda e descobriu que se tratava de um golpe.
O golpista chegou a enviar uma cópia
com as informações cadastrais da empresa. A vítima desconfiou e telefonou para
a revenda de Balsas que procurou a polícia. O vendedor usava um perfil falso na
internet.
Segundo o delegado da Regional de
Balsas, Fagno Vieira, o golpista possui um perfil com grande poder de
convencimento. “O cliente se interessa por essa venda e o golpista, que é
sempre uma pessoa articulada e com alto poder de convencimento, acabava
exigindo um depósito adiantado e um percentual que variava de 10, 15 e até 25
por cento do valor do automóvel para que garantisse, para que reservasse aquele
veículo para a pessoa interessada sob o argumento de que a procura era muito
grande, e se a pessoa não adiantasse alguma ele provavelmente venderia para
outra pessoa. Então, a pessoa com o interesse no veículo acabava adiantando. Só
que aí estava caindo em um golpe e não se tratava de nenhum funcionário de
empresa, se tratava, na verdade, de um golpista. A pessoa ficava ou recebia
esse valor e sumia do mapa. Mudava de telefone e nunca mais a vítima conseguia
localizar”, revelou.
G1 Ma
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